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domingo, 25 de novembro de 2007

Redação? Jornalismo Investigativo? Pesquisa Científica?


Talvez a minha dúvida seja a mesma de vários estudantes de jornalismo. Depois de um ano de cursinho pré-vestibular e a Universidade de São Paulo um pouco longe dos meus planos de graduação. Prestei UMC e me tornei a mais nova “bixete” de Comunicação Social da Universidade de Mogi das Cruzes. Escolhi Comunicação Social porque me achava “comunicativa”, falante até demais, me identificava com o curso pela personalidade e não pela vontade de ser comunicóloga. Então no segundo ano de comunicação optei por Jornalismo, nas aulas de Linguagem Radiofônica com o Haisem Abaki me encantei pelo rádio (até pensei em trancar jornalismo e estudar RTV).

Agora no 4° semestre e em outra universidade ainda tenho dúvidas em relação ao que realmente quero fazer; ao conhecer um pouco do que é o jornalismo tive vontade de trabalhar na redação de uma revista semanal ou um jornal diário, hoje exatamente no meio do caminho não sei ainda por onde começar, gosto bastante de jornalismo investigativo, embora conheça os riscos desta escolha, gosto de pesquisa científica, mas será possível me sustentar financeiramente fazendo pesquisa?

Quanto aos próximos cinco anos, não consigo traçar o plano de ação neste momento, mas não absorvo minhas dúvidas como algo a me prejudicar, e sim como um passo que devo dar e poder refletir lá na frente sobre as escolhas que fiz. Como já disse nosso querido Carlos Drummond de Andrade: “...Nunca me esquecerei desse acontecimento na vida de minhas retinas tão fatigadas. Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio caminho.”.


Tielli Lopes

Calendário do Poder


Neste texto Frei Betto faz a divulgação do seu novo livro Calendário do Poder, neste livro ele conta como é o dia-a-dia do poder em seus dois anos de trabalho no governo Lula. Avaliando o primeiro mandato do governo, ele cita os governantes como empregados do povo e que na condição de chefes devemos cobrar, exigir deles o que achamos certo.

Neste pequeno texto ele defende o governo Lula, declara que foi feliz nos dois anos de governo. Compara o prestígio do programa Fome Zero ao de uma grife, onde o Planalto não soube entender o potencial do projeto o que o reduziu ao bolsa família.

Quando se fala em poder nós imaginamos logo um policial de elite, um político bem sucedido, ou alguém com bastante dinheiro. Mas será que só quem tem dinheiro tem poder? Só o político tem poder? O que entender como poder?

Poder: Ter a faculdade de; ter possibilidade; dispor de força ou autoridade; conseguir; possuir força física ou moral; ter influência, validade.
Acredito que nós entendemos o poder como tudo aquilo que nos força a fazer algo que não faríamos; nos faz seguir regras estabelecidas, nos impõe o que é certo e errado.

Ao aceitar o dinheiro como forma de poder, nós entendemos os impostos pagos ao governo como dinheiro do povo, logo o poder é do povo.
Temos poder de decisão, ao votar, ao manifestar nossas idéias sejam em movimentos organizados ou escrevendo para quem quiser ler, quando a vontade de mudar algo acontece em unanimidade o poder torna-se da maioria.


Tielli Lopes

Quem tem boca fala o quer!


Marilene Felinto em seu texto a TV que não a morrer faz uma grande crítica as emissoras de televisão, aos jornais e revistas, ela cita o exemplo do acidente que ocorreu com o avião da TAM, ela considera a maneira como foi veiculada a notícia como politicagem oportunista, espetacularização da dor alheia e uma tentativa de manchar a imagem do governo Lula. Além do despreparo de um dos jornalistas ao fazer a cobertura ao vivo.

Segundo Marilene a televisão é uma mídia da indústria cultural que manipula o conteúdo, que impõe ao telespectador o que consumir.
Ela cita também que prefere o esquecimento e que escreve para si mesma, assim não se sente refém de nada nem ninguém; os meios de comunicação pelo seu ponto de vista não ajudam as pessoas a refletir sobre a vida, o tempo, as condições em que vivem.

Não acredito que seja assim, há muitas opções na TV aberta, cada telespectador consome o que quer, o que mais agrada, a manipulação que o veículo Globo faz é feita por vários outros às vezes em proporções bem maiores, as pessoas que assistem e dão audiência, eu imagino que entendam aquilo como reflexo do que eles também pensam, ou não.

Em seus textos Marilene escreve com muita liberdade, mas um texto como este pode ser passivo de processo, porque além de citar nomes, ela utiliza palavras de baixo calão para expressar sua revolta e caso a autora não tenha provas das denúncias que faz, ela também pode ser processada.


Tielli Lopes

Audiência traz Faturamento


A matéria da revista Carta Capital em Outubro de 2007 – Colosso. Não mais Impávido - mostra a briga pela audiência entre as emissoras de televisão. A perda de audiência da grande Rede Globo e a elevação da audiência da emissora de Edir Macedo, Record. A Globo exporta muitas telenovelas e entre as emissoras dos Brasil é a que tem a maior audiência.

Quando o assunto é faturamento ela continua em destaque, mas agora perdendo parte de seus telespectadores e anunciantes para a Record. O texto cita os horários de maior audiência, os valores dos comerciais exibidos nos intervalos de novelas e na programação diária das emissoras, mostra alguns gráfico de audiência de anos anteriores comparados com o deste ano. Mostra curiosamente a semelhança das emissoras.

A televisão tem muita influência na sociedade hoje, está na casa das pessoas e de graça. Elas consomem o produto televisão, os programas, os canais, os comerciais, para alguns muitas vezes é um meio atualização, em vez de ler o jornal que é mais trabalhoso e sem a imagem “viva” que a televisão traz.

As pessoas além de se identificarem com os programas, às vezes por viverem situações parecidas com as que elas assistem ali, passam a formar a sua personalidade ou a ter valores baseados naqueles da novela ou daquela série interessante. Isso realmente acontece e quem deve filtrar o que é bom ou não para consumir é o telespectador, essa idéia de consumo deveria fazer com que a responsabilidade social da emissora tivesse um tipo de auditoria do povo, mas será isso fosse possível?


Tielli Lopes

sábado, 3 de novembro de 2007

Pega um – Pega Geral


Inspirado no livro Elite da Tropa (2006) escrito pelo antropólogo Luiz Eduardo Soares.



Com o alto orçamento de 10,5 milhões de reais, Tropa de Elite foi comercializado três meses antes de sua data de estréia (que seria em Novembro). O filme é baseado na atuação do Batalhão de Operações Policiais Especiais da Polícia Militar (BOPE).
Segundo uma matéria da Revista Carta Capital de Setembro deste ano, uma investigação policial foi aberta, há suspeita de um possível envolvimento de um ator coadjuvante do filme; um funcionário da empresa de tradução e legendagem (Drei Marc) foi indiciado. O operador de som da empresa foi identificado como o autor das primeiras três cópias não autorizadas, ele disse a polícia que não teve motivação de lucro, mas que fez a cópia para um amigo, amigo este que se chama Alexandre Mofati, que por coincidência interpreta no filme o Capitão Carvalho, um policial do BOPE.
Se o caso for interpretado com intuito de lucro, o responsável pode pegar uma pena de até quatro anos de prisão por violação de direitos autorais.
Em 24 de Agosto o filme foi adicionado no site de vídeos YouTube em dez partes de quase dez minutos, a primeira parte foi visitada 50 mil vezes em menos de duas semanas, foi retirado do ar no dia 05 de Setembro.
Embora o filme tenha sido disseminado de forma ilícita, teve com isso uma repercussão ainda maior. Indiretamente essa ação serviu para que Tropa de Elite fosse um sucesso de bilheteria.


Por Tielli Lopes