
Em alguns casos as redes sociais virtuais podem deixar de ser apenas um passatempo para as horas vagas e podem se tornar uma doença patológica. Só em São Paulo há dois centros de tratamento para esse tipo de dependência, o Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes, da Universidade Federal de São Paulo e a Clínica do Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática da Pontifícia Universidade de São Paulo.
Segundo a psicóloga Roze Cléia de Melo Amorim, o que determina o vício é a qualidade do uso da internet. Ou seja, usos associados a trabalhos e pesquisas neste mecanismo não são considerados como vícios, mesmo que alguns profissionais dediquem tempo excessivo diante do computador. O que tipifica o indivíduo considerado dependente da internet é a interferência deste mundo virtual em sua vida social. Ele passa a dedicar praticamente todo o seu tempo ao computador e fica solitário, agitado, tenso e deprimido, se isola da família e dos amigos. O dependente cria um universo paralelo, podendo até deixar de se relacionar com as pessoas ao seu redor.
O tratamento para este tipo de distúrbio pode ser feito com autodisciplina, terapia psicológica, mas pode incluir a administração de calmantes e antidepressivos, sob orientação médica adequada. O tratamento só passa a ter resultados positivos a partir do momento em que o indivíduo reconhece e aceita a dependência.